Em defesa da cidade compacta e acessível | IAB Brasil
Em defesa da cidade compacta e acessível
Data: 04/12/2014
Departamento: Nacional
O presidente do IAB, Sérgio Magalhães, fez palestra nesta quinta-feira, 4 de dezembro, a empresários e sócios da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no Palácio do Comércio, no Centro, tendo como tema os fundamentos do desenvolvimento urbano contemporâneo e o caso do Rio de Janeiro.
Durante o encontro, o arquiteto defendeu a cidade multifuncional, compacta, valorizadora das preexistências ambientais e culturais. “A cidade contemporânea deve reconhecer a diversidade e ser acessível à população independentemente da classe social”.
Para Magalhães, o Rio, após as Olimpíadas 2016, precisará desenhar um novo ciclo que coloque na razão da cidade o usufruto pleno de seu espaço público, bem como a universalização dos equipamentos, bens e serviços públicos necessários à vida urbana contemporânea. Ele destaca que a redução da desigualdade é condição para o seu desenvolvimento e para a sua presença no contexto das grandes cidades mundiais. “As olimpíadas 2016 servirão para evidenciar como é possível a mobilização pavimentar caminhos. No entanto, após ela esses caminhos precisarão ser bem traçados para que se alcance o destino desejado.”
Dados apresentados no evento por Magalhães revelam a diminuição da densidade populacional no município do Rio a partir dos anos 1960, com o advento do rodoviarismo. No período de quatro décadas, o Rio perdeu mais de 30% na densidade, queda que se amplia ainda nesta primeira década do século XXI. “É preciso estancar essa sangria”, destacou.
O arquiteto também colocou em discussão a qualificação da mobilidade urbana, que definiu como uma ação urgente. Para Sérgio Magalhães, as grandes cidades precisam pensar a mobilidade em rede, com diferentes tipos de modais:
“Infelizmente, o sistema de transporte de alta capacidade no Rio de Janeiro é pensado em linha. O metrô do Rio talvez seja o único no mundo que se desenvolve de forma linear. Toda cidade faz justamente o contrário. O que qualifica o sistema de transporte é a possibilidade de conexões.”
Para o presidente do IAB, o século XXI é o século das cidades. Uma saída apontada pelo arquiteto é a ocupação dos vazios urbanos e a recuperação de áreas degradadas. Os reflexos dessa política podem repercutir positivamente não só no plano da cidade, mas também na economia.
Ele também destacou a importância da Baía de Guanabara nesse contexto. “A recuperação da Baía pode mudar o vetor de desenvolvimento da cidade metropolitana do Rio de Janeiro, que hoje está direcionada para a Zona Oeste/Barra da Tijuca, vindo a beneficiar as cidades da Baixada Fluminense, do Leste Metropolitano, a Zona Norte do Rio, o Centro e parte da Zona Sul, afirmou Sérgio Magalhães.
A palestra “O novo desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro” foi promovida pelo Conselho Empresarial de Desenvolvimento Urbano da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), sob a presidência do engenheiro Márcio Fortes. Os trabalhos foram abertos pelo presidente da ACRJ, Antenor Barros Leal.
Durante o encontro, o arquiteto defendeu a cidade multifuncional, compacta, valorizadora das preexistências ambientais e culturais. “A cidade contemporânea deve reconhecer a diversidade e ser acessível à população independentemente da classe social”.
Para Magalhães, o Rio, após as Olimpíadas 2016, precisará desenhar um novo ciclo que coloque na razão da cidade o usufruto pleno de seu espaço público, bem como a universalização dos equipamentos, bens e serviços públicos necessários à vida urbana contemporânea. Ele destaca que a redução da desigualdade é condição para o seu desenvolvimento e para a sua presença no contexto das grandes cidades mundiais. “As olimpíadas 2016 servirão para evidenciar como é possível a mobilização pavimentar caminhos. No entanto, após ela esses caminhos precisarão ser bem traçados para que se alcance o destino desejado.”
Dados apresentados no evento por Magalhães revelam a diminuição da densidade populacional no município do Rio a partir dos anos 1960, com o advento do rodoviarismo. No período de quatro décadas, o Rio perdeu mais de 30% na densidade, queda que se amplia ainda nesta primeira década do século XXI. “É preciso estancar essa sangria”, destacou.
O arquiteto também colocou em discussão a qualificação da mobilidade urbana, que definiu como uma ação urgente. Para Sérgio Magalhães, as grandes cidades precisam pensar a mobilidade em rede, com diferentes tipos de modais:
“Infelizmente, o sistema de transporte de alta capacidade no Rio de Janeiro é pensado em linha. O metrô do Rio talvez seja o único no mundo que se desenvolve de forma linear. Toda cidade faz justamente o contrário. O que qualifica o sistema de transporte é a possibilidade de conexões.”
Para o presidente do IAB, o século XXI é o século das cidades. Uma saída apontada pelo arquiteto é a ocupação dos vazios urbanos e a recuperação de áreas degradadas. Os reflexos dessa política podem repercutir positivamente não só no plano da cidade, mas também na economia.
Ele também destacou a importância da Baía de Guanabara nesse contexto. “A recuperação da Baía pode mudar o vetor de desenvolvimento da cidade metropolitana do Rio de Janeiro, que hoje está direcionada para a Zona Oeste/Barra da Tijuca, vindo a beneficiar as cidades da Baixada Fluminense, do Leste Metropolitano, a Zona Norte do Rio, o Centro e parte da Zona Sul, afirmou Sérgio Magalhães.
A palestra “O novo desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro” foi promovida pelo Conselho Empresarial de Desenvolvimento Urbano da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), sob a presidência do engenheiro Márcio Fortes. Os trabalhos foram abertos pelo presidente da ACRJ, Antenor Barros Leal.
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