Gestão Kassab recicla menos de 1% dos resíduos de São Paulo
Apenas 155 toneladas de resíduos são reaproveitadas diariamente. l Foto: Antonio Cruz/Abr
O governo de São Paulo regulamentou, em 2010, a lei de Mudanças Climáticas. As metas principais eram criar ecopontos, para os 96 distritos da cidade, e tornar a coleta seletiva obrigatória. No entanto, os resultados atuais mostram que a gestão Kassab não prioriza a legislação ambiental.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo trouxe na última quarta-feira (27) uma denúncia à gestão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). De acordo com a Folha, a lei é desrespeitada por seus próprios criadores.
Na prática, nenhuma das metas estipuladas para junho de 2011 foram cumpridas. Um dos objetivos era que cada um dos 96 distritos da cidade tivessem, no mínimo, um ecoponto. Porém, há apenas 42 ecopontos em funcionamento.
Os aterros oficiais do município recebem diariamente 5.200 toneladas de lixo, mas o número de resíduos produzidos diariamente é muito maior, de forma que predominam na cidade a criação de depósitos ilegais de entulhos. Há, pelo menos, 1.500 pontos de depósitos não autorizados em todo o território paulistano.
Em relação à coleta seletiva, a negligência também é preocupante. A cidade de São Paulo recicla menos de 1% das 17 mil toneladas de lixo produzidas. Apenas 155 toneladas de resíduos são reaproveitadas diariamente.
O coordenador da campanha de clima do Greenpeace, Pedro Torres, afirma que já esperava. “Não houve planejamento. As metas da lei eram muito ousadas. A dificuldade para cumpri-las é enorme”. Segundo Torres, a solução seria haver um “escalonamento (de metas) maior.”
O principal objetivo da lei é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 30% até o ano que vem. Logo que a lei passou a valer, o atual secretário de Meio Ambiente da gestão Kassab, Eduardo Jorge (PV), afirmou que as metas eram ousadas, "porém factíveis" de serem cumpridas. Com informações da Folha.
FONTE: Redação CicloVivo
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